Ele não parecia ser capaz de somar dois mais dois. Eu suspirei; meu trabalho tinha acabado. Olhei para a roda gigante acima, ouvindo as crianças gritando de excitação.

A roda giratória parecia gigante de baixo, e era ainda mais bonita de perto que do nosso navio. As gôndolas brilhavam furta-cor com as bolhas, rodando lentamente e capturando a luz do sol.

Deve ser uma visão incrível do topo, eu pensei. Mas esse é o tipo de coisa que um homem adulto não pode fazer sozinho. Especialmente um pirata…

Eventualmente o Ace voltou das bancas e disse, “E aí, quer andar nela?”

“Quem, eu? Uma roda gigante? Não sou uma criancinha,” eu bufei.

“Já esteve em uma antes?”

“Bem, não…”

“Então agora é a hora. Estamos aqui, de qualquer forma, então vamos andar nela!” disse o Ace. Ele me deu um tapa nas costas.

Sendo empurrado pelo Ace, eu fui em direção à atração. Fiz uma cena me dizendo relutante quanto a isso, mas a verdade é que eu estava muito empolgado por dentro. O atendente da roda gigante, sempre sorridente, fez um movimento em direção a um degrau, e uma das gôndolas feitas de bolha lentamente se aproximou.

“Aí está! Aproveite as incríveis paisagens do Arquipélago Sabaody!”, disse o atendente, pondo uma mão na porta da gôndola.

“Finalmente te encontrei, Punhos de Fogo!” gritou a Isuka, aparecendo do nada e se enfiando na gôndola com um olhar destemido.

“Qu—! E-Ei, não…!” eu gaguejei, sendo esmagado na lateral.

“Já tive o bastante de você se esgueirando e fugindo! Você é um homem, não?”

“Não seja doida!”

Ela gritou pra eles várias acusações, enquanto o Ace protestava. E bem na hora, um barulho de clique soou atrás da Isuka.

“Hein…?”

Ela virou para trás. A porta da gôndola tinha se fechado.

A roda gigante começou a girar novamente, e não havia nada para ser feito. Eu não podia acreditar o quão desconfortável estava dentro da gôndola. Como acabamos desse jeito?