Formação dos Piratas Spade

Capítulo 3 - Página 53

“Se você vai se dar ao trabalho, poderia ao menos escrever algo bom. Torne-me o herói enquanto escreve isso,” disse um dos marinheiros enquanto retornavam para as suas posições. Eu observei eles indo e jurei a mim mesmo que se um dia eu completasse a obra sobre as minhas aventuras, eu nunca incluiria seus nomes.

 

O navio dos Piratas Spade navegou pelo caminho entre as enormes raízes que cortavam a superfície do oceano. Fomos para um lugar longe de quaisquer olhares para que pudéssemos atracar e desembarcar.

O Arquipélago Sabaody possuía um porto próprio, claro, mas nós ficaríamos distantes. Primeiro, precisávamos ficar na área por pelo menos três dias enquanto nosso navio ganhava seu revestimento. Qual seria o ponto de começar o processo de revestimento se acabássemos vistos pela Marinha, caçadores de recompensas ou outros piratas inescrupulosos durante o processo?

Havia muitas áreas sem leis dentro do espaçoso arquipélago aonde o Governo não conseguia forçar suas vontades, e assim escolhemos uma delas como nosso destino. Ao menos, um distrito sem leis seria mais confortável e familiar do que ficar em qualquer lugar aonde a Marinha poderia tentar tomar nosso navio enquanto ele estivesse incapacitado.

Achamos um lugar abraçado por gigantescas raízes e silenciosamente navegamos nosso navio para lá. Quando começamos a nos atracar às raízes, o Skull alertou a tripulação, “Não é apenas com a Marinha e os caçadores de recompensas que temos que nos preocupar. Há Nobres Mundiais e escravagistas também… Há muito perigo por aqui. Não se metam em encrenca até que o revestimento termine.”

Especialmente você, ele pareceu dizer, olhando para o Ace. “Estou falando isso para você, Mestre Ace.”

“Hein? Como assim?” Ace perguntou. Ele observava a ilha com os olhos brilhando.

“Eu disse, não queremos encrencas enquanto estivermos aqui…”

“Ok, ok, entendi. Ei, você acha que aquela coisa lá, Graman, é boa mesmo?”

“Não acho que você entendeu realmente.”

Graman eram pães cozidos no vapor, com pasta de feijão doce dentro, uma especialidade das ilhas. Claramente tudo que o Ace conseguia pensar é que ele comeria assim que saísse do navio.

Skull deu um suspiro e me disparou um olhar. Eu sabia o que ele queria dizer, então fiz uma careta e reafirmei a ele, “Vou ficar de olho nele. Se ninguém cuidar do Ace, é provável que ele saia por aí e bote fogo num nobre mundial ou algo do tipo.”

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