Estamos presenciando o Incidente Violento de Kuma, o Tirano, na Terra Sagrada.

Kuma subiu ao topo da Red Line e invadiu Mary Geoise — este é um claro paralelo ao Gigante de Ferro Ancestral, que fez o mesmo há 200 anos. Coincidentemente, Oda também traz este personagem à tona no fim deste capítulo. Enquanto o Gigante de Ferro ficou sem energia e acabou desativado antes que pudesse causar qualquer dano à Terra Sagrada, o que parou Kuma, na verdade, foi a chegada do Almirante de Frota, Sakazuki.

Notem como esta é a primeira vez que Akainu deixa o Quartel-General da Marinha após muito tempo.

Monkey D. Garp, por sua vez, enfrentou Aokiji. Monkey D. Luffy está enfrentando, neste exato momento, Kizaru. Será que veremos Monkey D. Dragon, num futuro próximo, enfrentando Akainu? Bem, o principal objetivo dos Revolucionários é justamente destruir o que os Nobre Mundiais, Tenryuubitos, representam. Akainu está na linha de frente para protegê-los. Os Revolucionários, a propósito, foram os responsáveis pela ruindade ao abastecimento de comida em Mary Geoise. Deixar os Tenryuubitos terem um pouco de noção da existência do termo ‘fome’ foi uma tacada irônica e genial. 

O último painel da página 5 mostra que Sazakuki atacou Kuma da mesma forma que fez com Barba Branca na Guerra dos Melhores em Marineford, mirando sua lava mortal em um dos lados da cabeça, destruindo-o completamente.

A fala de Akainu  “parece que ainda tem sangue correndo dentro de você”  é quase como um balão expositivo. Kuma, de alguma forma, ainda é o Kuma. Ele está lutando contra si mesmo — contra sua inumanidade — para chegar a algum lugar. Para fazer algo, cumprir algo. Se Kuma estivesse totalmente inconsciente, sendo apenas uma máquina, ele não teria se movimentado no capítulo 1067. No fim, nós apenas não sabemos quem ele é de verdade e do que (ou de quem) está atrás.

No entanto, há uma outra ideia intrigante que pode mudar a nossa concepção sobre o estado atual do personagem.

💡 Em primeira análise, tudo parece apontar para que o destino de Kuma seja Egghead.

Lembrem-se que Kuma começou a se movimentar um capítulo após Luffy mandar o Gigante de Ferro Ancestral se mover (1066). Já no final do capítulo atual, descobrimos uma curiosa ligação entre Joy Boy e o Gigante de Ferro.

Uma teoria da autora Bru amarra alguns fios soltos: e se a consciência de Kuma tiver sido trocada com a do Gigante de Ferro? De acordo com o que temos, o ‘Tirano’ ofereceu-se para virar uma arma do governo. Por sua vez, Kuma tem a habilidade de materializar coisas abstratas (sentimentos, emoções, sensações, lembranças) e o Vegapunk já tinha mostrado interesse nessa habilidade. Kuma pode ter usado os poderes da Niku Niku no Mi pra remover a consciência do Gigante de Ferro e logo fazendo o mesmo com a própria consciência. As “bolhas”, portanto, foram invertidas: a do Gigante de Ferro colocada no corpo do Kuma e a do Kuma no corpo do Gigante de Ferro. Por isso, Kuma recebeu as ordens de Luffy no lugar do robô e trilhou o mesmo caminho que ele à Terra Sagrada. Visto que o Gigante de Ferro despertou no final do capítulo, ainda temos a oportunidade de ver se quem está dentro dele é, de fato, Kuma. O que acham dessa teoria?

Uma cena muito forte encerrou o bloco de Mary Geosie neste capítulo. Enquanto Tenryuubitos cobram Akainu por ter permitido Kuma partir e duvidam de sua capacidade como Almirante de Frota, o semblante que descansa em seu rosto é amargo. O que ele diz em primeiro momento a respeito de Kuma, pode, na verdade, ser um monólogo sobre si mesmo:

“A vontade e o coração… a marionete que perdeu tudo.” 

Ele está preso em uma posição que talvez não combine com a sua tão sonhada justiça absoluta. Um mero cão do Governo Mundial e, talvez, a maior das marionetes. 

Kizaru reafirma para Luffy que conhece o Vegapunk há muito tempo e não queria matá-lo. Sabemos disto por causa do flashback de Sentomaru no capítulo 1091, no qual descobrimos sobre o vínculo dos três. Outro detalhe que pesou sobre os ombros de Kizaru foi quando ele destruiu o Vegaforce One e imediatamente lembrou de Vegapunk declarando com orgulho o sucesso de seu projeto. Além disso, quando desvia do ataque da Bonney, Kizaru ainda pede à jovem para que não o faça machucar mais conhecidos. Apesar de treinado para situações como essa, toda esta carga emocional deve desequilibrar um pouco da balança de Borsalino.

Primeiro, Akainu descontente com seu atual destino. Depois, Kizaru obrigado, por seu próprio dever, a matar seus amigos. Pergunto-me até onde isso irá.

Kizaru conhecer Bonney e afirmar que ela está crescida é, no mínimo, instigante. Sendo familiarizado com Vegapunk e Sentomaru é normal que também seja familiarizado com Bonney e Kuma. Toda esta conexão torna a dinâmica de Kuma, Sentomaru e Kizaru em Sabaody ainda mais fascinante em retrospecto.

Bonney tenta atacar Kizaru com um ataque chamado “TOSHITSUKI”, que se lê com o kanji para “impulso mortal”, mas é um trocadilho com a expressão japonesa “toshitsuki”, que se refere à passagem do tempo ao longo dos anos. Na OPEX, traduzimos como “Punhada Cronológica” — uma referência clara à Akuma no Mi de Bonney.

Abaixo, uma das melhores cenas que o Gear 5 nos proporcionou. Parece que Luffy está prestes a falar “mamãe disse que é a minha vez de brincar com o Almirante!”, os olhos saltados de Vegapunk confirmando o efeito que Nika tem sobre o ambiente — deixando tudo um pouco cartoonizado — e Kizaru, o grande Kizaru, suando frio enquanto é pego pelo gigante Luffy. Que cena!

De fato, o que despertou o Gigante de Ferro foram os Tambores da Libertação — da mesma forma que chamaram a atenção de Zunesha em Wano. Agora, por que ele não despertou quando Luffy lutava contra Lucci? Pode ter sido pela proximidade. Como mencionado por Luffy, ele foi jogado lá para baixo por Kizaru e teve que passar pelo Frontier Dome duas vezes. Assim, Luffy em sua forma Gear 5 pode ter ficado próximo o suficiente do Gigante de Ferro para fazê-lo ouvir seus batimentos cardíacos, despertando-o.

Há um ponto de discórdia, entretanto: os Tambores da Libertação podem ser somente uma espécie de gatilho para o despertar do Gigante de Ferro, ao invés da sua completa fonte de energia. Por exemplo, faz muito sentido que a energia que alimente o robô — a mesma energia ilimitada que Vegapunk citou — seja o sol e os Tambores da Libertação sejam apenas o que o chamam para voltar à consciência.

Vamos analisar Laugh Tale, que aparentemente é um pedaço de ilha remanescente do Grande Reino Antigo no qual o Joy Boy anterior escondeu seu lendário tesouro, o One Piece. O próprio tesouro, no caso, pode depender de uma ativação como essa — que só ocorreria quando Luffy, o atual Joy Boy com os poderes de Nika, despertasse sua Akuma no Mi. Por isso, Shanks finalmente entrou na corrida ao One Piece após ver o novo cartaz de procurado do Luffy, que estava em sua forma ‘Nika’. Por isso, Roger quando chegou em Laugh Tale apenas riu. No caso do Rei dos Piratas, ele não poderia ‘acessar’ completamente o tesouro, pois dependia da Nika Nika no Mi. E Shanks talvez soubesse deste detalhe, já que ele roubara a fruta do Governo Mundial. Rayleigh em Sabaody afirma aos Chapéus de Palha que eles, os Piratas Roger, chegaram cedo demais.

Só que agora, com os poderes de Luffy totalmente despertados, o momento é perfeito. 

No entanto, podemos concluir que, quando o Gigante de Ferro acordou há 200 anos, ele não foi acordado pelos batimentos cardíacos de Joy Boy, já que os Gorousei mencionaram que a Akuma no Mi ‘Nika’ não despertou nos últimos 800 anos.

Uma teoria ousada do Artur, da Livraria de Ohara, explica a origem dos Tambores da Libertação. Saquem só:

“O que são exatamente os tambores da libertação? Sabemos que são música, a música de uma festa, como Oda indicou no painel da festa da fogueira em Skypiea, mas será que são de uma música que já conhecemos…? Bem, se prestarmos atenção ao ritmo dos Tambores da Libertação em japonês, ⌈ Don do to to ⌋, você pode perceber que ele tem um padrão rítmico muito semelhante ao ⌈ Yo ho ho ho ⌋, o ritmo de Bink’s no Sake. Mas claro, você pode apenas dizer que é apenas uma coincidência, mas uma vez que você começa a pensar sobre isso, realmente não é. Porque, afinal, por que mais Luffy começaria a cantar letras literais de Binks no Sake quando transformado em Gear 5, palavra por palavra?

Porque Joy Boy é, sem dúvida, ligado ao próprio Bink’s no Sake, afinal até a letra da música menciona o conto de riso de Joy Boy (Laugh Tale), provando que tudo isso de alguma forma se une.”

Por fim, ele conclui:

“Então, em outras palavras, se os Tambores da Libertação são o ritmo de Bink’s no Sake, o ritmo de Joy Boy encarnado, então as implicações de ele ser capaz de alimentar o Gigante de Ferro podem ser enormes. Talvez tenha reagido como Zunesha reagiu à aparição de seu líder, mas e se talvez o ritmo em si seja o que está alimentando o Gigante de Ferro? Isso pode significar que a fonte de energia do Grande Reino Antigo… era nada menos que o ‘Saquê de Binks’? E se a minha ideia de que Bink’s no Sake poderia ser o One Piece pudesse ser potencialmente verdadeira… então, de repente, a ideia de One Piece ajudar a conectar o mundo inteiro em prosperidade não seria apenas simbolicamente falando, mas talvez muito literalmente.“

Curtiram a teoria do Artur? O que vocês pensam sobre toda esta ligação entre os Tambores da Libertação e o Gigante de Ferro? Enchemos vocês de teorias, agora é a hora da revanche! Contem-as nos comentários 🏴‍☠