Haki da Observação

Capítulo #909

Por COMENTÁRIOS

Fala pessoal, tudo bom?! Chegou mais um Haki da Observação gigantesco pra vocês!

Pois é, o Artur se empolgou nesse e fez DEZOITO FUC*ING PÁGINAS no post original, sendo que normalmente são apenas 9 ou 10. Ou seja, não vou nem enrolar muito porque tá enorme e vocês tem muita coisa pra ler já, haha!

Antes de começar o post, porém, eu preciso dizer que com um HDO desse tamanho eu tive de gritar por ajuda e quem ouviu meu choro foi a Pripa! A Pripa é lá do Plus Ultra, o MELHOR FANSUB DE BOKU NO HERO DO BRASIL, do qual também faço parte, e resolveu fazer uma ponta aqui na OPEX salvando a pele deste que vos fala! Sendo assim, agradeçam a ela também, ela mandou bem demais!

Sem mais enrolação, vamos para o HDO da semana, falando do capítulo #909, que tá XICANTE!

Versão Original: The Library of Ohara
Autor: Artur

Versão Brasileira: One Piece Ex
Localização: Mr. Caio e Pripa
Diagramação: Baruch

Créditos: The Library of Ohara


As Crônicas Inúteis do Orlumbus seguem firme e forte, sendo esta a sétima capa dedicada a ele, tornando ele o membro da Frota do Chapéu de Palha com mais capas dedicadas e, julgando pelo título, essa ainda não parece ser a última. Por que o Oda está enrolando tanto com a história do Orlumbus? Será que tem algo de relevante que ele quer nos mostrar?

Parece que, nessa capa, Orlumbus está atacando um país, já que agora ele é um pirata. Porém, isso parece meio estranho, já que isso não seria algo que algum subordinado do Luffy faria.

Olhando mais de perto a cidade, parece que os prédios são bem mal feitos e até possuem remendos, o que sugere que se trata de um país bem pobre, o que adiciona ainda mais pra confusão dessa capa.

O grito de “Waaahhh!!” também não colabora com nada nessa questão.

Ok, então, vamos falar um pouco sobre esse corte repentino. Estávamos no meio do Reverie e, de alguma forma, acabamos em Wano de um capítulo para o outro. Como essa mensagem sugere, o que vemos aqui acontece durante o Reverie (tecnicamente estamos no primeiro dia da conferência), então há duas possibilidades sobre o desenrolar dessa saga:

1 – Esse trecho será pequeno e vamos ver partes do Reverie durante a saga de Wano.

2 – Não veremos a conclusão do Reverie até o final da saga de Wano, o que se deus quiser não será o caso. Meu coração não aguentaria.

Eu realmente torço que voltemos logo para o Reverie, já que ficou essa sensação de que o corte foi muito cedo.

Curiosamente parece que o Nekomamushi é um ótimo navegador. Não dá pra imaginar isso levando em consideração o jeitão alegre e despreocupado dele, mas parece que ele foi capaz de localizar essa ilha apenas com suas habilidades de navegação.

Os minks mencionam que é algo esperado de alguém que esteve no navio do Rei dos Piratas, então eu me pergunto se esse é só um elogio corriqueiro ou se ele realmente tinha papel na navegação do Oro Jackson.

Nossos amigos, os Guardiões Minks, estão de volta! Vamos falar deles!

  • Guardião Mink-Macaco

    (Capítulo 805)

  • Guardião Mink-Cachorro

    (Capítulo 805)

  • Roddy, Guardião Mink-Touro

    (Capítulo 805)

  • BB, Guardião Mink-Gorila

    (Capítulo 805)

  • Guardião Mink-Rena

    (Capítulo 809)

  • Guardião Mink-Tigre

    (Capítulo 809)

Ao lado podemos ver um dos navios que os Minks usam para viajar, que é pesadamente inspirado na ilha de Zou. Pra começo de conversa tem a carranca de elefante, uma clara homenagem à Zunisha. O abacaxi no meio é igual aqueles encontrados na Fortaleza do Flanco Direito (embora também possa ser só uma brincadeira com o Marco aparecendo nesse capítulo). As árvores nas velas são as mesmas encontradas por toda Zou.

De fato, o navio inteiro está cheio de vegetação, exatamente como sua ilha de origem. Outro detalhe interessante é como as cordas que conectam o mastro ao navio são bem irregulares, o que claramente foi desenhado de propósito.

A vila no fundo está claramente abandonada, sendo que só sobraram as ruínas. É apenas uma fachada para esconder a verdadeira vila, escondida no interior da ilha.

Também é possível ver a grande cachoeira mencionada mais a frente no capítulo. Aqui ela parece bem proeminente, visível mesmo por quem acaba de chegar na ilha, mesmo que esconda a entrada para a verdadeira cidade logo atrás de si.

Então, primeiramente, vamos focar na localização: A ilha é basicamente uma enorme montanha com alguma terra ao redor. Porém, a montanha é oca por dentro, que é onde a vila se encontra. Pense num vulcão.

O largo buraco no alto da montanha permite a entrada de luz do sol e ar fresco para os habitantes, escondidos do mundo com a única entrada sendo atrás de uma cachoeira.

Quanto a vila, se tem uma forma de descrevê-la, seria definitivamente “alpina“: Embora não seja unicamente ligada aos Alpes, ela definitivamente evoca um sentimento parecido, como uma modesta vila perdida no meio de um vale suíço.

A arquitetura também é desta zona, assim como as pradarias que se encontram acima dos morros. A presença de nuvens também indica uma possível inspiração alpina, já que são comumente encontradas nos Alpes devido a elevada altitude.

Além de tudo, ainda há a casa com roda d’água, as cercas que levam à vila, os arbustos lotados de flores e as colinas ao fundo.

E, obviamente, não da pra deixar passar as roupas dos habitantes, que também lembram muito a cultura nórdica/alpina.

Aliás, os três caras ao lado do Marco são os comandantes da quinta, sétima e décima quinta divisão, respectivamente Vista, Rakuyo e Fossa.

Há um par de grandes rochas que parecem dar para a vila. Não parece ser uma cachoeira como do lado oposto. Me pergunto se essas pedras são, na realidade, uma espécie de portão capaz de selar a entrada para a cidade.

Talvez tudo seja feito de forma a parecer uma parede natural quando estas pedras estiverem fechadas, fazendo um intruso pensar que não há uma entrada para o centro da ilha, deixando assim a ilha mais segura.

O cara voltou! E agora com óculos! É meio estranho ver ele desse jeito, mas faz sentido ele não usar óculos durante as batalhas. Porém, esse capítulo revela que, na verdade, ele é um doutor, o que combina muito com sua Akuma no Mi.

De fato, na Novel do Ace, acabou de ser revelado que cada divisão era especializada em alguma coisa, de forma a ajudar o bando. Por exemplo, o Thatch era líder da Quarta Divisão, a divisão da cozinha, e a Novel alega que ele realmente era um excelente cozinheiro.

Sendo assim, faz bastante sentido que o Marco seja o líder da primeira divisão, uma divisão de doutores, especialmente levando em consideração o estado de saúde do Barba Branca. Quem sabe? Talvez aquelas enfermeiras sexy eram todas subordinadas dele!

Mas ainda mais interessante que isso é… O Esfinge voltou?! Lembra dele? O Esfinge de Impel Down que agia como guarda do Level 2, aquele que enfrentou Luffy, Buggy e o Mr. 3. Foi dito que muitas criaturas de Impel Down fugiram (aliás, nós vimos um Manticore na biblioteca da Big Mom, que ela capturou depois da fuga de Impel Down).

Ao que tudo indica, de alguma forma, o Esfinge chegou até essa vila! É possível observar, porém, que a cicatriz em sua testa se foi, mas eu tenho algo mais pra frente que pode explicar isso.

Como a nota de tradução diz, o nome “Tama” é bem comum para gatos no Japão, já que significa “bola“. Ele parece meio que um gato gigantesco (já que uma Esfinge é uma mistura de um homem com um leão), então eu acho que o nome combina de certa forma.

O poder do Marco é conhecido como “Chamas do Renascimento” nesse caso, sendo usado para regenerar os outros, além de si mesmo. Similar a como funciona o poder da Mansherry e sua Chiyu Chiyu no Mi.

O Oda parece que realmente quer explicitar algo nesses capítulos recentes, citando o Tributo Celestial com frequência. Primeiro tivemos Rurussia e agora isso, indicando um enorme motivo pelo qual alguns países não conseguem se aliar ao Governo Mundial.

Se olhar a arquitetura dos prédios em chamas, realmente parece semelhantes aos que vimos nessa ilha, o que prova que de fato fazem parte da mesma ilha, como sugerido. É estranho imaginar essa pacífica vila como uma terra sem lei, mas isso mostra como era terrível a situação naquela época.

Essa é, tecnicamente, a primeira vez que vemos no mangá o Barba Branca como criança. Porém, o Oda já havia desenhado ele no SBS, dando dicas de seu passado já naquela época.

Curiosidade: A camisa dele mostra o kanji ““, que significa “poder“.

Embora eu tenha falado do Esfinge na página anterior, esse painel parece mostrar várias esfinges, sugerindo que talvez aquele lá não seja o mesmo de Impel Down.

Talvez tenhamos um grupo completamente diferente de esfinges vivendo aqui nesta vila. Será que essa é a terra natal delas?

Da forma que o Marco descreve, parece que o Teach tentou invadir esse território, o que deu início à Guerra do Acerto de Contas. No fim, o Marco e o resto do bando perderam, mas, ao menos pelo que vemos aqui, parece que ao menos o território foi mantido a salvo e acabou não sendo invadido.

O Marco também sugere que os túmulos do Ace e do Barba Branca estão em algum lugar no limite da ilha, ou talvez até em uma ilha próxima, já que vimos que a ilha onde eles foram sepultados parecia bem diferente desta.

O Oda nos dá, novamente, mais uma casquinha do Barba Negra sem revelar ele completamente. Qual é Oda, já sabemos que ele tem uma barba trançada, pare de joguinhos!

A casa do Marco é uma cabana, o que faz sentido considerando que ele construiu ela recentemente, já que há pouco ele estava viajando com os piratas Barba Branca.

Marco atira um pedaço de queijo para o Nekomamushi, que o pega no meio do ar como um gato curioso.

Espera… Como é?! A essa altura, falar que era “ativa há 40 anos” parece indicar que ela fazia parte do bando “Rox/Rocks“, então não apenas é um choque que a Bakkin era parte do bando, como também parece indicar que o Barba Branca era parte dele também?! Quer dizer, afinal, só vimos ele com um bando na época do Roger, que foi há 28 anos, então isso é algo totalmente possível. Porém… Um bando composto por Big Mom, Kaidou e Barba Branca? Sério, que diabos é esse Rocks/Rox? E mais interessante ainda, ele diz que os dois ao menos conheciam um ao outro. Sendo assim… Já vou falando aqui, seria um plot twist bem típico do Oda se o Weevil fosse… O real filho do Barba Branca! Seria a cara do Oda subverter nossas expectativas. Seria brilhante.

Aliás, se o Marco irá para Wano ou não é algo que foi deixado na dúvida. A Raw diz “ワノ国へ行くって?“, que significa “indo para o país de Wano?”, mas não especifica se ele irá junto ou não. É deixado meio ambíguo, embora o contexto anterior indique o Oda não irá para Wano, já que ele pede para o Nekomamushi entregar uma mensagem ao Luffy.

Agora, deixando isso tudo de lado, vamos para a parte que realmente marca esse capítulo. Dê o play e entre no clima do belo País de Wano:

https://www.youtube.com/watch?v=chwADnoFDng

Enquanto a cortina do palco permanece fechada,
você percebe o soar das notas de um Shamisen.

Você nota a dama no centro do palco com o Shamisen,
Tocando graciosamente o instrumento…

O palco finalmente se abre, revelando algo ao longe, com o som do Shamisen em escalada…

A dama, portando uma máscara de raposa, continua tocando o Shamisen, aumentando a expectativa…

As cortinas finalmente se abrem por inteiro, revelando a paisagem que se esconde atrás delas…

Por entre as pétalas de cerejeiras, se vê a orgulhosa nação de guerreiros honrados… O País de Wano!

Finalmente, caramba! O país de Wano! Faz tanto, tanto tempo desde que ouvimos falar dele pela primeira vez! Mais até do que você imagina! Na verdade, a primeira menção foi no capítulo 450, quando o Hogback mencionou a origem do Ryuma. Colocando em perspectiva, isso foi há 459 capítulos, ou seja, mais da metade da série!!! Tem muito tempo!

E o Oda-dono fez uma apresentação tão digna! Ele nos introduz ao país como se fosse uma peça japonesa, com uma cortina se abrindo enquanto uma senhorita toca o Shamisen. Até o clássico SFX de “Dodon” foi substituído por “beben“(ベべん), que representam o soar do Shamisen.

Ah sim, falando disso, eu acho que devo explicar o que é um Shamisen. Bem, trata-se de um tradicional instrumento japonês que se parece com o banjo. O nome é, literalmente, “três cordas“, já que esse é o número de cordas no instrumento.

Se você lembrar de qualquer música tradicional japonesa com algum som de instrumento de cordas, provavelmente era um shamisen.

A plaquinha de apresentação também esconde uma referência. Perceba que todas as plaquinhas de apresentação dos habitantes de Wano (Kin’emon, Kanjurou, Momonosuke, Raizou, etc…) foram feitas no formato de pergaminhos, mas ainda assim essa se destaca, já que mostra as cordinhas do pergaminho, além de estar adornada com cerejeiras.

O nome do país em si é uma referência ao Japão. Em Katakana, País de Wano é escrito apenas como “País Wano” (Wano Kuni). Curiosamente, “Wano Kuni” tem a mesma pronuncia do nome mais antigo dado ao Japão, “Wa no Kuni“, que significa literalmente “País/Terra da Harmonia“, pois “Wa” significa Harmonia.

No caso, o “No” em “Wa no Kuni” é uma partícula para “da“, enquanto em “Wano Kuni“, o “no” faz parte do nome do país.

Resumindo:

Wano Kuni = País Wano
Wa no Kuni = Terra/País da Harmonia

Enfim, vamos começar a analisar a paisagem!

Primeiramente, eu quero deixar algo claro: Sempre foi sugerido que o país de Wano era GRANDE. Tipo, nível Alabasta de tão grande.

Sabemos com certeza que há várias regiões, então o que estamos vendo é apenas a capital ou uma de suas inúmeras cidades.

Dito isso, vamos falar do ambiente, levando em conta que pode ser apenas uma parte da ilha. A geografia parece ter saído diretamente de uma pintura clássica, com altas e pontudas colinas ao fundo, com árvores em seu topo junto de nuvens descaradamente desenhadas, para que lembrassem o estilo das antigas pinturas japonesas.

Há ainda uma estranha e alta montanha ao longe, bem distinta das outras, já que ela se destaca por ir muito mais alto que qualquer outra, possivelmente indicando que terá um papel importante mais pra frente na história. Sua representação pode ser inspirada nas antigas retratações do Monte Fuji, embora esta seja bem exagerada, sendo incrivelmente fina.

Pétalas de cerejeira são vistas caindo por todo o país, que obviamente são provenientes da estranha estrutura central. Parece ser uma enorme cerejeira, formada por um tronco gigantesco que se curva para trás e então se molda em um círculo. No topo do tronco reside um palácio, provavelmente um local muito importante nesta cidade.

Porém, ainda mais interessante, é que ao menos cinco cachoeiras são vistas saindo do tronco, assim como duas pontes ligando a parte de baixo da cidade com o tronco, sugerindo que é possível transitar dentro dele.

A base da árvore é cercada por cerejeiras menores e, à frente disso, há um enorme portão, novamente sugerindo que é possível transitar dentro da árvore.

Nesta imagem vemos o castelo de Nagoya, que compartilha muitas semelhanças com o de Wano.

O palácio no centro, assim como aquele de Marineford, é claramente inspirado os castelos/palácios japoneses tradicionais, tendo ao menos cinco andares a julgar pelas janelas, assim como grandes corrimões para garantirem que ninguém cairá de cima.

O telhado também exibe dois grandes shachihoko (鯱鉾), criaturas do folclore japonês com a cabeça de um tigre e o corpo de uma carpa, que podem ser vistas no alto de muitos castelos japoneses como adornos de telhado conhecidos como shibi (鴟尾).

Os portões que estão a frente das árvores parecem ser baseados nos tradicionais portões japoneses que dividem casas/áreas importantes, mas neste caso são muito maiores e mais ornamentados.

Embora possa levar para dentro da árvore, é preciso observar que as cachoeiras caem atrás dele, mostrando que ele não está diretamente ligado à arvore, mas sim apenas na frente dela.

De fato, se olhar com atenção, dá pra perceber que há uma lagoa cercando a árvore central, separando-a do resto da cidade, tornando as pontes laterais e o portão central os únicos pontos de acesso. As cerejeiras estão na beirada da lagoa e nas laterais do portão, adornando as ruas.

Os portões de ambos os lados são portões tradicionais japoneses conhecidos como “Torii” (鳥居), normalmente encontrados na entrada de templos xintoístas, indicando a entrada de uma área sagrada que é diferente das áreas ao redor.

As pontes também são inspiradas nas tradicionais pontes japonesas, embora neste caso elas aparentam ser bem anguladas, o que levanta a questão de como diabos se atravessa isso? Será que há uma forma de escalá-las ou não é possível entrar por elas?

Outra estrutura que chama a atenção do leitor é esse prédio presente no lado esquerdo da página, sendo desenhado como uma tradicional pagoda japonesa, também conhecida como “tou”(塔), que serve como relicários ou algum outro tipo de edifício religioso. Embora seja de origem budista, pagodas também foram usadas pela cultura xintoísta, o que indica que a pagoda vista em Wano pode ser, também, um templo sagrado.

Por outro lado, do lado direito do painel, dá pra ver uma enorme cachoeira, separada daquelas que saem do tronco. Ela cai sobre uma pequena área com algumas casas e mais cerejeiras.

E claro, há a vila em si! Ela também se assemelha às tradicionais vilas japonesas, sendo construída em sua maioria em terreno plano e sem muitos prédios altos. Se olhar de perto, dá pra ver uma miríade de detalhes grande demais para serem listados, desde a roupa do povo às placas das lojas, pedaços de tecido que adornam as casas e ornamentos especiais que enfeitam os telhados, enfim… São muitas coisas.

  • Pessoas reunidas ao redor de um banco

  • Placa com um símbolo

  • Estrutura saindo de uma casa

  • Uma loja adornada com tecidos

  • Uma placa com o kanji “ー儿”

  • Telhados ornamentados

  • Outra placa acima de uma loja

  • Pessoas próximas ao grande portão

  • Uma tradicional torre de sino

  • Telhado ornamentado com uma máscara de demônio

Finalmente, eu gostaria de mencionar rapidamente as regiões do país de Wano. Assim como o Japão, ele é dividido em várias prefeituras ou, nesse caso, áreas. Uma delas é a área Kuri (九里), que era aquela sob posse do Kouzuki Oden antes de ser morto. Também há a área de Yo, presente no evento One Piece x Tokyo, que foi um evento da vida real que era situado fantasiosamente no país de Wano. É preciso ressaltar que não se trata de um evento canon.

FURANOSUKE – Carpinteiro

Depois de tanto tempo, o Franky finalmente retornou à série! Parece que cada um dos chapéus de palha se disfarçaram de uma forma ou de outra. No caso do Franky, ele está disfarçado de carpinteiro, com o nome de “Furanosuke“.

O Kanji usado no final, para formar o “suke” em seu nome, às vezes é usado para indicar um assistente, o que pode fazer sentido visto que ele é o assistente de seu chefe. O “no” novamente funcionaria como partícula.

O kanji exibido em sua roupa é “港友“, que significa Minatomo. Logo você vai ver o porquê disso!

O cabelo dele agora está no formato de uma marreta, já que ele tá trabalhando como carpinteiro. Ele ainda tem uma hachimaki (a bandana) e também parece usar um coque. Ele usa a veste de um carpinteiro e carrega uma toalha nas costas, enquanto segura uma grande serra e vários caibros graças a suas mãos gigantes.

Mas, pera aí… O chefe é… O Minatomo! Sim, esse é um personagem que até agora não era canônico, mas já tinha aparecido no SBS do Volume 7 como uma piada!

Veja só, no primeiro capítulo o Higuma chuta e quebra a porta do bar da Makino, mas quando ele sai a porta está magicamente no lugar de novo. Quando um fã perguntou sobre esse erro, o Oda disse que obviamente não foi um erro e que foi apenas o resultado do trabalho de um carpinteiro que passava por ali e se incomodou ao ver a porta no chão, arrumando ela enquanto o Higuma zoava com o Shanks. Quem diria, ele é um cidadão de Wano! Ele até deixou crescer uma barbinha depois do Timeskip!

USOHASHI – Vendedor de óleo de sapo

O Usopp, por outro lado, disfarçou-se de vendedor, escolhendo óleo de sapo como seu produto, ainda por cima. Ele dá o maior show para atrair compradores, agindo como um vendedor de verdade, e faz uma demonstração bastante dramática de seu produto, buscando convencer seus clientes a comprá-lo. Sendo assim, é difícil de entender de primeira o conceito de óleo de sapo, do japonês “gama no abura”, mas ele realmente existia no período Edo, sendo usado como uma pomada para curar ferimentos.

Esses óleos de sapo eram vendidos por meio de performances de rua, direcionadas a clientes que acompanhavam o que acontecia – que é exatamente o que o Oda está fazendo com o Usopp nesta cena, já que as palavras que ele diz são quase totalmente idênticas a das performances originais.

É possível ver, no entanto, um sapo em cima da cabeça de Usopp, o qual pode estar lá só para ajudar a promover o produto.

Seu nome, “Usohachi”, combinando a primeira parte desse, “Uso”, que significa “mentira” em japonês, com “Hachi”, que é o kanji para o número oito.

Ver o Usopp agindo como vendedor não é nada de novo. Como você deve se lembrar, ele fez o mesmo em Skypiea, vendendo vários itens do Mar Azul para os habitantes do céu e fazendo com que esses parecessem extraordinários – como por exemplo, fazer elásticos se passarem por artefatos místicos. Os Skypieans o pagaram com vários dials, os quais ele trouxe consigo para o Mar Azul. Então, como você pode ver, não é a primeira vez que ele engana clientes!

O-ROBI – Geisha

Daí a Robin se infiltrou disfarçada de Geisha e, repentinamente, milhões de seus fãs ao redor do mundo ficaram molhadinhos. É difícil definir com precisão o que é uma Geisha, mas se pode dizer que são mulheres que praticam tradições artísticas antigas, em especial a dança e o canto. O nome “Geisha” (芸者) significa, literalmente, “aquela que produz arte” ou artesã.

Neste caso, a Robin está dançando muito bem, apesar dos protestos contínuos da velhota. O modo como ela graciosamente estende seu braço com o leque, apoia sua outra mão nele e levanta seu pé, além de como seu olhar e todo corpo estão inclinados, cada um de seus movimentos expressando sua graciosidade, muito mais do que qualquer outra Geisha que eu já vi!

Seu nome imita os das mulheres do Japão Antigo, uma vez que eles eram, num geral, curtos e precisos – o que combina com Robi. Por conta dos nomes curtos, o honorífico “O” (お) era frequentemente adicionado a eles, como podemos ver aqui. Você também pode se lembrar de quando, em One Piece, Tsuru foi chamada de “O-Tsuru” ou quando Momonosuke chamou a Nami de “O-Nami”.

Além disso, embora seja difícil de ver por conta da arte em preto e branco, se você olhar atentamente, vai perceber que seu rosto está pálido. Isso se dá porque ele deve parecer completamente branco, assim como o de uma Geisha!

Mas você viu só? A velhota disse que a Robin está praticando para ser solicitada como Geisha por ninguém menos que o shogun! Será que ela está tentando se infiltrar logo cedo, talvez até mesmo para tentar lidar com o shogun por conta própria?

E olha, um pensamento aleatório, mas eu me pergunto se a velhota vai receber um nome oficial.

E aqui estão todos! Eu ainda não falei sobre isso, mas já faz um bom tempo desde a última vez que os vimos! Foi no capítulo 822, o qual foi lançado dia 11 de abril de 2016 – ou oitenta e sete capítulos atrás. Durou mais tempo do que quando ficamos sem ver o grupo do Sanji, que foi por mais de sessenta e cinco capítulos, ou seja, tivemos vinte e dois capítulos a menos de ausência (ou um ano e sete meses).

Seja como for, todos estão de volta! Caso não esteja evidente, esta cena se passa em um flashback antes da infiltração, quando estavam se preparando para se infiltrarem no País de Wano. A arquitetura indica que já estão em Wano, mas provavelmente na área que não é governada pelo shogun, o qual foi supostamente destruído por Kaidou.

Franky está usando uma camisa que diz “EU SOU-“ alguma coisa (provavelmente “SUPER”, para falar a verdade) e seu penteado parece ter a forma de uma meia-lua.

No entanto, o Law e sua tripulação estão misteriosamente sumidos. Eles não estão nem mesmo aqui, então como se infiltraram?

Mas espera aí, nós devíamos estar prestando atenção no que o Kin’emon disse, já que ele menciona algo muito interessante. O nome completo do shogun é “Kurozumi Orochi”. Seu sobrenome, “Kurozumi” (黒住), é um nome antigo japonês, de certo modo, comum. O que é interessante, no entanto, é seu primeiro nome, “Orochi” (大蛇), o qual também é o nome de uma famosa besta lendária, proveniente do folclore japonês, com o corpo de um dragão e oito cabeças de serpente. Será que isso indica que o shogun tem uma Zoan Mítica na forma de um Orochi?

Falando nisso, acho que deveria explicar o que é ser um shogun nesse caso. No mundo de One Piece, esse “Shogun” foi mencionado pela primeira vez em Zou, sendo descrito como um homem que dominou Wano militarmente com a ajuda de Kaidou. Na vida real, shoguns foram generais militares que dominaram o Japão por séculos, após roubarem o poder do imperador e dos daimyos. Mesmo que alguns deles governassem o Japão de modo pacífico, eles eram, em essência, ditadores. Ainda há bastante coisa a ser dita, mas esta análise já está longa o suficiente, então eu vou guardar o resto para uma segunda parte.

ZOROJURO – Ronin

E aqui está ele! Zoro! Infiltrando-se no país de Wano como um Ronin. Um ronin é um samurai que vagueia por aí sem um lorde para servir, ou seja, é um samurai independente que não tem um mestre. O que se encaixa bem com o Zoro, já que ele é, literalmente, um “espadachim errante” – sendo que muita gente acredita ser o que começou a piadinha de ele se perder constantemente, uma vez que o Zoro sempre foi, de certo modo, um ronin errante.

O nome “Juurou” (ou Juro, 十郎) significa “décimo filho” e era utilizado para se referir ao décimo filho de uma família. Neste caso, eu acho que esse nome foi dado ao Zoro apenas para parecer japonês, assim como Kanjurou.

E, agora, já que ele é um ronin, o Zoro também fez um coque de samurai! Ainda que o resto de seu cabelo seja, surpreendentemente, o mesmo.

O Zoro foi acusado de roubar a lâmina lendária “Shusui”. Se você se lembrar bem, perceberá que ela era a espada do Ryuuma, o zumbi que foi possuído pela sombra do Brook em Thriller Bark. Afirmam aqui que ela foi roubada “em meio a um ataque pirata”. Será que esse pirata era o Moriah quando foi derrotado por Kaidou? Ou era apenas um outro pirata de quem o Moriah roubou o cadáver de Ryuuma?

O mesmo aconteceu no começo de Dressrosa, quando Kin’emon acusa o Zoro de ter roubado a espada do Ryuuma, mesmo que ele a tenha obtido de maneira justa ao derrotar o Ryuuma. Falando nele, você sabia que o Ryuuma apareceu em um dos one-shots antigos do Oda, antes de ele começar One Piece? Lá é mostrado quando ele ainda estava vivo e que havia matado um dragão. Quando ele estava vivo, parecia-se bastante com o Zoro!

Nós também conseguimos uma data para quando seu túmulo foi saqueado, tendo sido 23 anos atrás, ou seja, um ano depois da morte de Roger. A título de comparação, o cadáver do Ryuuma foi revivido há, no mínimo, doze anos, então ou o Moriah o roubou e manteve consigo ou o roubou de outra pessoa.

Enfim, parece que o Zoro está sendo julgado por um magistrado, ou bugyou (奉行), o qual está o acusando de ter matado ao menos três pessoas na rua. Contudo, como o próprio Zoro diz, o verdadeiro assassino é o próprio magistrado, já que ele, aparentemente, acusou o Zoro de assassinato para poder roubar a Shusui dele – o que é claramente visível em sua expressão, com o olhar malicioso e a baba ao olhar para a espada.

Em um comentário à parte, na página em que ele está sendo acusado, é possível perceber pessoas se reunindo em frente aos portões e trajando roupas tradicionais. À esquerda, há uma carruagem e, à direita, um gatinho.

SEPPUKU

Vamos falar sobre o Seppuku (切腹) e explicar um pouco sobre ele. O Seppuku é um ritual suicida utilizado por samurais, no qual eles se arrependem de um pecado que cometeram ao se matarem, para assim recuperar a honra de sua família. Esse processo também era usado como uma forma de evitar a captura, já que os samurais preferiam morrer por suas próprias mãos.

O ritual é executado por meio de uma lâmina pequena, conhecida como “tantou” (短刀), com a qual o samurai rasgaria o próprio abdome. Após esse ato, num geral, um outro samurai decapitava a pessoa para garantir que sua morte seria rápida. Tal fato é representado perfeitamente nesse capítulo, já que um dos samurais se oferece para decapitar o Zoro e garantir que sua morte seja indolor.

Comicamente, o Zoro pergunta por que a tantou não tem punho, enquanto o outro samurai o repreende por não saber como cometer o seppuku de maneira correta.

O Zoro também diz “gozaru”, que você pode já ter ouvido do Kin’emon, Momonosuke ou Kanjuro. O termo é uma palavra arcaica do japonês que significa “ser”, parecida com o “desu” de hoje em dia (o qual é uma abreviação de degozaimasu).

Ao se despir, o Zoro diz “Então, adeus…!!”. O magistrado acredita que ele está falando isso porque vai cometer o seppuku, mas o Zoro pode estar se despedindo do próprio magistrado.

A cena seguinte se desenrolou exatamente como em uma peça japonesa, algo que Oda mencionou gostar extremamente.

Caramba, todo o desenvolvimento até este ponto foi essencialmente como o de uma peça japonesa, com mistérios e intrigas em relação a um assassinato na rua. Uma mulher toca o shamisen, vagarosamente dedilhando enquanto a tensão vai aumentando até o seppuku.

Pétalas de cerejeira caem gentilmente da árvore enquanto Zoro olha direta e friamente para o magistrado. A mulher toca com intensidade, ao mesmo tempo em que Zoro acerta um poderoso golpe que corta tanto o magistrado como o edifício por inteiro, julgando o verdadeiro culpado.

O capítulo até mesmo se encerra mais uma vez com “beben” (ベべん) ao invés de “dodon”, já que “beben” é o som do dedilhar do shamisen.

Caso não tenha ficado claro como o Zoro executou seu ataque, eis o que ele o fez: apoiou-se no joelho e se levantou, para depois lançar uma poderosa rajada de vento cortante em direção ao magistrado, o que acarretou em uma forte onda que partiu o prédio ao meio.

Ele fez tudo isso com uma lâmina para seppuku bastante pequena, uma façanha tão grande que chocou até mesmo os samurais de Wano (embora seja importante notar que esses estão, provavelmente, entre os mais fracos do país).

Ele, então, pede desculpas para o Kin’emon, uma vez que ter atacado um oficial do governo significa atrair a atenção do shogun além da de Kaidou, especialmente quando ambos ficarem sabendo de sua força.

No fim do capítulo vemos a conclusão ser dada pela frase “O arco do país de Wano começa com problemas!!!“, o que sugere que estamos entrando no “Arco de Wano“. Oda disse que a Reverie era mais uma sequência de eventos do que um arco propriamente dito, então vamos torcer para ver mais dele ao invés de somente Wano.

Uma última coisa que eu queria mencionar: o Zoro teve um papel de destaque neste capítulo, já que sua parte ficou para o final. Na verdade, muitos acreditam que este arco irá se focar bastante nele, devido a suas inspirações nos samurais de Wano  Alguns ainda especulam que poderemos descobrir sobre suas verdadeiras origens aqui. Seria esse o caso? Veremos!

Acho que o ano do espadachim pode estar começando!


O que você mais quer ver no Arco de Wano?!

Ver Resultado


Sanjetes vendo que está começando o “Ano do Zoro

É isso, meus caros! Chega ao fim mais um Haki da Observação!

Obrigado a todo mundo que leu essa BÍBLIA feita pelo Artur essa semana, o cara tava on fire! Lembrem-se sempre de passar no twitter do cara pra deixar aquele salve em nome da fanbase brasileira. Ele vai ficar feliz! =)

Quanto à enquete da semana, vamos ver como estão as expectativas do pessoal para o Arco de Wano. O que vocês mais querem ver? Eu particularmente to torcendo pra ver o passado do Zoro. É um personagem tão incrível mas com o passado tão nebuloso… Vimos só o flashback da Kuina, né? Mas o Zoro não nasceu naquele dojo… Ele com certeza tem um passado que ainda será explorado pelo Oda. Quem sabe agora, né?

Enfim… Deixem seus comentários, teorias e opiniões tanto sobre assuntos abordados neste HDO quanto em outros tópicos do mangá que acabaram ficando de fora. A sessão de comentários do HDO é divertida, rica em informações e vive tendo discussões bem legais (sempre com muita educação, claro), e vocês são os responsáveis por isso! Obrigado a todo mundo que ajuda o HDO a ser ainda melhor!

E é isso então! Abraço pra todo mundo, até semana que vem e vamos conversar aí embaixo!

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